Até ateus reconhecem que sucesso financeiro depende de Deus, revela pesquisa Datafolha

03/01/2017 13:20

 

Levantamento feito pelo Instituto Datafolha, revelou que até quem se declara Ateu acredita que todo o sucesso financeiro da vida deve, em primeiro lugar, a Deus.

 

O instituto Datafolha ouviu 2.828 brasileiros, maiores de 16 anos, escolhidos aleatoriamente, como amostragem de toda a população, e os resultados confirmam que até ateus reconhecem que sucesso financeiro depende de Deus.

Realizada em 174 municípios, o nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Abaixo, confira o gráfico:

Fonte: Instituto PEW, 2014; Datafolha

23% dos que se declararam ateus na pesquisa concordam com a afirmação acima, de que “todo o sucesso financeiro da minha vida eu devo, em primeiro lugar, a Deus”. Esse número, porém, aumenta entre os que tem religião, sendo 90% dos que concordam e 70% entre os que afirmam não ter religião.

A pesquisa revelou ainda um dado muito interessante, de que quanto menor a escolaridade e menor a renda, maior é a gratidão a Deus pelas conquistas.

Entre os mais instruídos, com nível superior, a porcentagem é de 77% dos que atribuem suas conquistas a Deus e 7 entre 10 dos que recebem até R$ 8.880,00 de salário.

Se comparados aos católicos, os evangélicos acreditam mais que a pobreza pode ser uma condição por falta de fé em Deus, são 28% dos que concordam com essa afirmação, assim como de que a melhor saída para essa condição é levar os pobres a igreja, segundo pesquisa com 2.000 brasileiros feita pelo Instituto Pew, com informações da Folha de São Paulo.

Um dado que pode corroborar com esse fato é que a igreja evangélica faz mais caridade (63% contra 45% dos católicos) e consegue emprego com mais facilidade (56% contra 35% dos católicos).

“Os evangélicos estão muito mais conectados com a experiência cotidiana. Essa ligação com a vida prática gera ânimo, disposição, e isso não é pouca coisa, principalmente num momento de crise”, disse o Professor de Antropologia da Unicamp e pesquisador do Cebrap, Ronaldo de Almeida, ao site Folha de São Paulo.